Nesta segunda parte, o exodo continua.
Mas Faraó respondeu: "Quem é esse Senhor, para que eu o obedeça e deixe os israelitas saírem? Não conheço o Senhor e não vou deixar o povo sair daqui".
Assim, Moisés falou com Deus: "Por que o senhor me mandou lá? Fui conversar com Faraó em seu nome, mas o senhor não libertou o seu povo".
Eu sou o Senhor. Eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó usando apenas o nome de Deus Poderoso".
Deus, então, explicou a Moisés que logo, no Egito, ele se revelaria como Jeová, o Salvador, e mostraria aos egípcios que deveriam adorar o único Deus verdadeiro, o Criador, e não o que ele havia criado. O Senhor disse a Moisés: "Volte a falar com Faraó. Pegue sua vara e estenda sua mão sobre as águas do Egito".
Moisés e Aarão fizeram o que Deus mandou, e bateram com a vara no rio. A água se transformou em sangue. Os peixes morreram, o rio ficou cheirando mal e os egípcios não tinham mais água nenhuma para beber
Deus falou novamente com Moisés: "Vá conversar de novo com Faraó, e diga-lhe: 'O Senhor disse: Deixe meu povo ir me adorar. Se você se recusar, prometo que todo o Egito vai ficar cheio de rãs.'"
Mas Faraó não obedeceu. As rãs começaram a aparecer, e cobriram o Egito todo. Elas entraram nas casas, invadiram os quartos, pularam nas camas, e esconderam-se nos fornos e nas tigelas.
Faraó, então, chamou Moisés e Aarão e implorou: "Vão, supliquem ao Senhor que acabe com as rãs, e deixarei o povo ir".
Mas quando se viu livre da praga, ele endureceu o coração, exatamente como o Senhor havia dito. Então Deus continuou a mandar pragas sobre o Egito. Faraó sempre implorava para que a praga se acabasse, mas nunca cumpria o que prometido, e não deixava o povo ir.
Deus transformou todo o pó do Egito em piolhos. As pessoas e os animais ficaram infestados de piolhos. Os mágicos egípcios disseram a Faraó: "Isso é coisa de Deus".
A seguir, Deus enviou enxames de moscas sobre Faraó e seus servos. Mandou também um praga terrível que acabou com o rebanho do Egito; mas nenhum animal dos Filhos de Israel morreu.
Moisés, então, se colocou diante de Faraó e jogou um punhado de cinzas para cima. As cinzas provocaram feridas nos egípcios e em seus animais. Depois, o Senhor avisou que iria fazer chover pedra sobre o Egito. Quem acreditou nas palavras de Deus escondeu seus empregados e os animais dentro de casa. Mas quem fez pouco caso do que ele disse, deixou os empregados e o rebanho para fora.
Então caíram do céu pedras misturadas com fogo, e arruinaram a plantação, destruíram as árvores e mataram empregados e animais que estavam fora de casa. As pedras só não caíram na terra de Gosem, onde os israelitas moravam.
A seguir, Deus mandou uma praga de gafanhotos. Os insetos tomaram conta do Egito a tal ponto que o país ficou totalmente escuro. Eles comeram todas as plantas que não foram destruídas pelas pedras. Não restou nenhuma folha verde em todo o Egito.
Depois, o Senhor mandou uma escuridão tão grande que quase podia ser tocada. Durante três dias o Egito ficou mergulhado em trevas profundas. Ninguém enxergava um palmo adiante do nariz; ninguém podia sair de casa. Porém, nas casas dos Filhos de Israel havia luz.
Mesmo assim, Faraó não permitiu que todo o povo saísse, e até ameaçou Moisés: "Saia da minha frente. No dia em que você aparecer por aqui de novo, vai morrer".
Moisés respondeu: "Você está certíssimo! Nunca mais nos veremos!"
E Deus disse a Moisés: "Vou mandar só mais uma praga, e aí será Faraó quem vai implorar para o povo ir embora.
Esta praga vai matar todos os primogênitos do Egito, desde o filho de Faraó - o rei - até o filho do empregado mais humilde. Haverá um choro desesperado por todo o Egito; um choro como nunca se ouviu antes nem se ouvirá depois.
Moisés, reúna todo o povo de Israel e diga-lhes o seguinte: 'Cada família deve escolher um cordeiro de um ano de idade, macho e sem nenhum defeito. Daqui a quatro dias, ao entardecer, todos devem matar o animal escolhido.
Molhem um maço de hissopo no sangue do cordeiro e salpiquem os batentes das portas. Ninguém deve sair de casa antes do amanhecer. Vocês têm de comer a carne, assada no fogo, na mesma noite; mas não quebrem nenhum osso do animal. A carne deve ser comida com pão sem fermento. Tem que ser assim, pois é a Páscoa do Senhor.
Passarei pela terra do Egito e matarei todos os primogênitos, tanto gente quanto animal. Também julgarei todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. E o sangue nos batentes é a garantia de vida nas casas em que vocês estiverem, pois não permitirei que o destruidor mate ninguém onde houver sinal de sangue. Para não se esquecerem desta data, vocês deverão celebrar anualmente a refeição do pão sem fermento. Esta celebração será chamada de 'A Páscoa do Senhor.'"
Os israelitas fizeram tudo exatamente como Deus havia ordenado por meio de Moisés e Aarão
Faraó e seus empregados, e todos os egípcios, acordaram no meio da noite, e houve muito choro naquela terra, pois não havia nenhuma casa onde alguém não tivesse morrido.
Mas ninguém morreu nas casas que haviam sido borrifadas com sangue.
Então, de noite mesmo, Faraó mandou chamar Moisés e Aarão e disse: "Acordem todo mundo. Vocês e os israelitas devem se afastar do meu povo. Saiam; vão adorar ao Senhor como tanto querem".
E os egípcios apressaram os israelitas, implorando-lhes que partissem o mais rápido possível. "Se vocês não forem embora, todos nós morreremos!", eles choravam. Na saída, os egípcios deram suas jóias e ouro para os hebreus.
E os Filhos de Israel - numerando milhões de pessoas - saíram, levando seus rebanhos.
Tudo aconteceu exatamente como Deus havia dito a Abraão. Seus descendentes foram escravizados, e foi na décima quarta geração que se livraram do cativeiro, e saíram levando uma grande riqueza. Assim, essa grande nação, que Deus chamou de seu "primogênito", deixou o Egito e acampou à beira do deserto.
O Senhor falou novamente com Moisés: "Faraó logo vai pensar que os Filhos de Israel estão perdidos no deserto. Vou endurecer o coração dele, e ele perseguirá vocês. No entanto, a honra será toda minha, e os egípcios saberão que eu sou Deus".
As coisas aconteceram como Deus previu. Faraó e seus soldados voltaram-se contra os israelitas: "Por que deixamos os escravos israelitas partirem?"
Faraó, então, tomou 600 de suas melhores carruagens, convocou todo o seu exército e saiu atrás deles. Os egípcios alcançaram os ex-escravos perto do Mar Vermelho, onde estavam acampados
Os israelitas ficaram aterrorizados quando viram os egípcios, e clamaram ao Senhor.
Moisés disse ao povo: "Não tenham medo! Fiquem calmos e observem como Deus vai nos salvar. Vocês estão vendo estes egípcios pela última vez. O Senhor vai lutar por nós".
Deus falou a Moisés: "Erga sua vara, estenda seu braço sobre o mar e divida-o. Os Filhos de Israel caminharão em terra seca, no meio das águas".
Moisés fez o que o Senhor ordenou. Deus mandou um vento forte do leste separar as águas, e os israelitas atravessaram o mar, pisando em chão seco; as águas formavam um muro dos dois lados do povo.
Todo o exército de Faraó - cavalos, carruagens e cavaleiros - saiu perseguindo os israelitas pelo mar seco. Deus, porém, atrapalhou os soldados egípcios, fazendo com que as rodas das carruagens caíssem, impedindo que avançassem.
Os egípcios entraram em pânico: "Vamos fugir, pois o Senhor está lutando pelos israelitas".
Deus falou com Moisés: "Estenda seu braço sobre o mar". Moisés estendeu o braço, e o mar voltou ao lugar. Os egípcios tentaram escapar, mas Deus os derrotou no meio do mar.
Moisés estendeu o braço, e o mar voltou ao lugar. Os egípcios tentaram escapar, mas Deus os derrotou no meio do mar. A água cobriu o exército de Faraó, suas carruagens e seus cavalos. Tudo e todos foram destruídos. Mas os Filhos de Israel atravessaram, em terra seca, para o outro lado. Quando os israelitas viram o grande milagre que o Senhor havia feito contra os egípcios, ficaram impressionados, e reverenciaram a Deus e acreditaram no Senhor e em Moisés, seu servo
Seguirá.
MARANATA
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