Dependendo do contexto, palavras traduzidas por “cuidado, preocupações ou temor e ansiedade” podem revelar tanto atitudes corretas quanto erradas na vida de um cristão.
O sentimento de temor é correto como uma postura de reverência a Deus em virtude de sua santidade (Is 8.13 - Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro), o cuidado é positivo por ser um gesto que demonstra preocupação com os outros (I Co 12.25 - Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.
II Co 11.28 - Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas).
No entanto, preocupar-se é uma conduta sempre errada, pois paralisa a fé ativa na vida do cristão; Ao nos preocuparmos, assumimos responsabilidades que não foram dirigidas a nós. Jesus, repetidamente ensinou: “não se preocupe” (do gr. merimneó. lit. “dividir a mente”), mesmo em relação às coisa básicas da vida (Mt 6.25,34 - Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal).
A preocupação divide a mente entre pensamentos úteis e fúteis levando o servo do Senhor a um descrédito com o seu Senhor. Preocupar-se não alterará absolutamente nada (Mt 6.27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?) se não apenas servirá para magoar entristecendo profundamente o nosso coração desviando o nosso olhar das promessas do nosso Senhor e da fidelidade e justiça divina.
Ao invés disso, desviamos nossa atenção para as coisas da vida, como bens materiais, por exemplo: [(Mt 6.31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?) que carro comprarei, terei casa, onde a terei? Estou ficando velho tenho que ir-me ao ginásio …, que pensarão de mim se não mostro um estilo de vida de acordo com a sociedade atual? Todos tem e por isso também tenho que ter …,. ]
A preocupação sufoca e constitue um sentimento destruidor, que corrói nossa confiança no Senhor e tenta elevar a força humana acima da magnitude do nosso Deus e de seus planos divinos.
Fontes de preocupação incluem mudanças, falta de entendimento e falta de controle pessoal. A preocupação abre a porta para as coisas do mundo, que são as fúteis preocupações com as coisas da vida. Embora os filhos de Israel tenham visto Deus abrir o mar vermelho para libertá-los do Egito, eles não creram que Ele providenciaria para suprir as suas necessidades, água no deserto.
A preocupação é o oposto da fé e o ato de preocupar-se sugere que Deus não é dígno de confiança para cuidar da nossa vida suprindo nossas necessidades (Fp 4.19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus).
A preocupação estimula o medo, que exclui a fé. Portanto no juízo final os covardes estarão ao lado dos incrédulos (Ap 21.8 - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte).
Ao associarem preocupação com descrença as escrituras providenciam retorno a fé completa. O caminho que vai da preocupação a fé começa com o reconhecimento do pecado (preocupação) e a confissão da falta de fé (Sl 139.23 - Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos), trazendo a continuação a libertação (Sl 34.4 - Busquei ao SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores) e termina com a segurança estimulada pelo Espírito Santo de que absolutamente nada nos poderá separar do amor do Senhor, que é o grande EU SOU (Rm 8.35 - Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Ex 3.14,15 - E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.
E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração ) O TODO PODEROSO.
No lugar de ansiedade, devemos oferecer ações de graça expontânea e livremente, com o coração restabelecido e confiante em Deus (Sl 112.7,8 - Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no SENHOR.
O seu coração está bem confirmado, ele não temerá, até que veja o seu desejo sobre os seus inimigos.
Fp 4.6,7 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus).
Sem comentários:
Enviar um comentário